Policiais civis estavam vendendo carteiras de habilitação

Carteiras eram vendidas por até R$ 1.500,00
Dois escrivães e seis investigadores da Delegacia Regional de Pedra Azul recebiam de R$ 800 a R$ 1500 por cada aprovação nos exames de direção

Oito policiais civis suspeitos de vender carteiras de habilitação estão presos na Casa de Custódia da Polícia Civil, no Bairro Horto, Região Leste da capital, desde segunda-feira. De acordo com a corporação, as investigações apontaram o patrimônio dos policiais como incompatível, uma vez que são donos de carros luxuosos, fazendas e imóveis de alto padrão. Os suspeitos se apresentaram à Corregedoria Geral da PC depois que a Justiça expediu mandado de prisão temporária após investigação realizada em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha.

Os policiais, dois escrivães e seis investigadores trabalhavam na Delegacia Regional de Pedra Azul e atuavam como examinadores da Circunscrição Regional de Trânsito ( Ciretran ) do município, que também atende outras cidades da região. No dia 27 de maio, uma equipe da Corregedoria da Polícia Civil cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nas residências e propriedades rurais dos policiais investigados.

Os veículos dos suspeitos passaram por exames de perícia e diversos documentos foram apreendidos. As investigações constataram discrepâncias no patrimônio dos policiais, que possuem carros luxuosos, fazendas com cabeças de gado e imóveis em construção com material de alto padrão. Segundo denúncias realizadas durante as apurações, os policiais recebiam de R$800 a R$ 1500 por cada aprovação nos exames de direção, com pagamentos feitos por instrutores de autoescolas no dia do teste.

De acordo com a Corregedoria, as diligências tiveram início há seis meses e vão prosseguir aguardando os laudos periciais. Os próximos passos serão ouvir depoimentos de testemunhas e pessoas envolvidas e buscar a identificação dos instrutores e donos de autoescolas que supostamente participaram do esquema.

A prisão dos supostos envolvidos é de caráter temporário e tem prazo de cinco dias. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias e os policiais poderão ser indiciados por corrupção. Neste caso, eles vão responder administrativamente por transgressão disciplinar, podendo ser até expulsos da Polícia Civil.

Comentários

  1. Se for passar um pente fino, vão sobrar poucos ou nenhum, policiais e donos e instrutores de auto-escola. Esse tipo de esquema existe há mais de 10 anos aqui na região. E sempre, os instrutores de auto-escola são a ponte. Em Taiobeiras não sobraria muita coisa...

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