Seca já deixa seis municípios da região Alto Rio Pardo em estado de emergência

Caminhões pipa ainda são alternativas para abastecimento

ALTO RIO PARDO – Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, seis municípios dessa região estão com os decretos de “estado de emergência” vigentes, dentre eles, apenas Fruta de Leite teve o decreto vencido no final de janeiro, mas a situação permanece caótica no município. Os outros municípios que sofrem com a falta d’água são: Novorizonte, cujo o decreto vigente vai até o dia 16 de março; Salinas (14 de março), Rio Pardo de Minas (26 de abril), Berizal (7 de abril) e Santa Cruz de Salinas, com decreto vigente até 20 de abril.

Historicamente, os meses de dezembro e janeiro são conhecidos como chuvoso, mas o período está sendo marcado pelo forte calor e pouca chuva. No total, 110 cidades mineiras continuam com a vigência de decretos de estado de emergência em decorrência da estiagem.

Conforme o gerente regional da Emater, Tiago Hebert Ribeiro, apenas no mês de março se terá os números exatos das percas nas lavouras da região, mas já se sabe que os prejuízos serão enormes. “A produção está sendo muito prejudicada com o longo período de estiagem e a situação não é nada boa”, disse Tiago, afirmando que a Emater prioriza a orientação dos pequenos produtores rurais, que penam com a falta d’água.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Pardo de Minas, Elmir Pereira, mais de 90% da produção da agricultura familiar no município foi perdida com a falta de chuva, principalmente milho, feijão e mandioca. “Muitas comunidades só tem água através dos seis caminhões pipa fornecidos pela prefeitura”, informa Elmir.

O governador Fernando Pimentel já confirmou que o Estado vive uma crise hídrica e divulgou um levantamento feito pela Defesa Civil Estadual. Dos municípios abastecidos pela Copasa, 87 apresentam restrição no fornecimento de água, 62 destes em situação de eminente colapso de abastecimento, como Montes Claros e Taiobeiras.

Comentários

  1. enquanto os órgão ligados à agropecuária mineira em conjunto com o próprio agricultor perceberem que semiárido não é local de agricultura de sequeiro, safras emais safras serão perdidas. No semiárido a atividade mais adaptada é a pecuária de bovinos, caprinos e ovinos nativos e adaptados subsidiados a culturas forrageiras adaptadas como a palma, capim buffel, leucena, gliricídia. Mesmo que chova a média histórica, a irregularidade das chuvas sempre existirá nesta região e nem lavoura de sorgo consegue vingar sem irrigação.

    ResponderExcluir

Postar um comentário