Criança carbonizada sofria abusos do padrasto, conta a mãe

A mãe Viviane e o filho Carlos, vítima de misteriosa crueldade

Um dos crimes mais bárbaro que ocorreu no Alto Rio Pardo nos últimos tempos está prestes a ser desvendado. As equipes da Polícia Civil, comandadas pelo delegado regional Gildeilson de Almeida, estão neste momento na comunidade de Muzelo e o autor da barbaridade pode ser preso a qualquer momento.

O assassinato do garoto Carlos Daniel Pereira dos Santos, de 11 anos, ocorreu na quinta (14) e o corpo só foi encontrado na sexta (15) completamente carbonizado em um fogueira dentro de um matagal, após buscas dos moradores da comunidade.

O caso é misterioso e tem indícios de que a criança estava desamparada, tanto pela família, como pelo poder público, especialmente pelo Conselho Tutelar, já que uma fonte da Folha Regional relatou que a situação de sofrimento era de conhecimento geral.

A criança teria retornado da escola por volta das 11 horas. Ele desce do ônibus escolar em um ponto distante dois quilômetros da casa do irmão paterno, onde mora. Desde então, desapareceu. As buscas pelo garoto só iniciaram no final do dia, conforme a vizinhança.

O menino é órfão de pai, que morreu em acidente de moto há pouco mais de um ano. A mãe adentrou em outro relacionamento e estava residindo na comunidade Lagoa Grande, zona rural de Taiobeiras. Com isso, Carlos estava morando com o irmão paterno em Muzelo.

O Jornal Folha Regional ainda não conseguiu ter acesso ao Boletim de Ocorrência, mas o Jornal Estado de Minas informou que a Polícia Militar “suspeita do irmão paterno da vítima”, que não foi trabalhar no dia crime e teria comprado um litro de gasolina com um morador da comunidade. O irmão prestou a primeira declaração e depois desapareceu, sendo que a polícia está no seu encalço.

Também existe a história de que Carlos teria quebrado o vidro de um veículo em Taiobeiras e o proprietário o teria ameaçado de morte.

Outra versão contava por testemunhas dão conta de que o atual companheiro da mãe de Carlos vinha cometendo abusos sexuais contra ele e as outras duas irmãs, também crianças. E o pior, conforme consta na ocorrência, divulgada pelo Estado de Minas, a mãe, 30 anos, teria conhecimento dos abusos cometidos pelo amásio.

O caso é de grande comoção e escancara a ineficiência dos órgãos de proteção em Indaiabira. Até então, o prefeito Zé de Maurina não se manifestou sobre o caso publicamente. O Conselho Tutelar local continua em silêncio. A Secretaria de Educação do município também não explicou e justificou a situação da criança, que andava dois quilômetros para chegar à escola e mais dois para retornar para a casa, sendo que a professora já havia alertado sobre a necessidade de ajuda para a criança.

Comentários

  1. Há muitos Carlos Daniel vivendo as mesmas situações. É doido,mas é verdade. Muitos covardes: pais, mães, padastro, madastra, vizinhos. São muitos, muitos.

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  2. Não podemos esperar nada de seu Zé de Maurina,ele só quer aposentar como prefeito para receber uma boa aposentadoria. Tem de ser prefeito de qualquer jeito de novo.Se a polícia nunca ia na roça Muzelo,como querer que Conselho Tutelar fosse lá? A Secretaria de Educação só está no cargo porque o irmão dela apoiou o prefeito.

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  3. @Jornal Isso era quando ônibus quebrava e os alunos andavam km e km apé,
    Eu e duas irmãs sendo uma com deficiência já passamos por isso.
    Já moramos no lugar e conhecemos bem a situação�� e triste saber que lugares como aquele ainda existe,com gente desamparada,sem nem sinal de celular ou muitas vezes sem até um banheiro em casa��
    Dias de chuva ônibus atolado,onibus sem freio e o tanto q precisava andar para até então chegar em casa��
    Saber que já passei por isso aumenta ainda mais a minha raiva de saber o desprezo que é tratado aquela comunidade��
    O único momento que lembram de lá e época de eleição
    E saber que muitos nem água encanada tinha em casa
    Quantas vezes já pegamos água em latas de tinta e em carriolas,quantas vezes já lavamos roupa no rio e quantas vezes já guardamos água em casa pq o rio descia a água com barro...

    Enfim são grandes as histórias
    Tem 4 anos que não vou lá e não sei se ainda tá assim

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  4. muito triste que a polícia pegar esse vagando

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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