Civil investiga pirâmide financeira em Taiobeiras

Vítimas estimam prejuízos em até R$ 30 milhões e a “Operação Ponzi” procura pelo mentor.

A Polícia Civil de Taiobeiras está investigando uma suposta pirâmide financeira que teria gerado prejuízos em torno de R$ 30 milhões na cidade. As estimativas dos prejuízos são das próprias vítimas, que criaram um grupo em rede social para trocar informações.

Para apurar as denúncias, os investigadores, comandados pela delegada Mayra Coutinho, desencadearam a primeira fase da operação Ponzi, visando o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e um de prisão nas cidades de Taiobeiras e de Indaiatuba/SP.

O alvo da ação é o sócio administrador da empresa TOP GOLD Investimentos, que, em tese, atuava como plataforma de investimentos financeiros. O suspeito não foi encontrado pela polícia durante a operação, mas a ordem judicial de prisão continua em aberto.

Na operação, os policiais apreenderam celulares, aparelhos eletrônicos e diversos cartões de crédito, além de documentos contábeis das pessoas investigadas. A justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores do administrador da empresa, além de expedir ordem de sequestro de veículos e imóveis registrados em nome de pessoas físicas e jurídicas investigadas. Esses bens podem servir para ressarcimento das vítimas do golpe.

As investigações apontam movimentação de milhões de reais, causando prejuízos financeiros a um número indeterminado de vítimas em todo o estado de Minas Gerais, configurando crime contra a economia popular, uma vez que se obtém lucros vultosos em prejuízos de diversas pessoas. 

Como funcionava o esquema? 

Segundo a delegada Mayra Coutinho, “há indícios de que a empresa funcionava em esquema de pirâmide financeira, cujo sucesso apoiava-se no crescimento exponencial por parte de novos investidores, indicando uma população crescente em camada sucessiva, com promessa de rendimentos atrativos e bastante elevados em relação ao praticado normalmente no mercado”.

A delegada ressalta que, inicialmente, os suspeitos ofereciam rendimentos para o capital investido e, assim, os clientes captavam outros, mas, logo depois, a pirâmide se afunilou porque, quanto mais investidores, menos dinheiro ela terá para pagar os rendimentos. Com o desmoronamento da pirâmide, o sócio fechou a empresa, causando prejuízo financeiro a diversas vítimas.

Com as investigações, a Polícia Civil representou pelas medidas cautelares e os mandados foram cumpridos de forma simultânea, em Taiobeiras e Indaiatuba/SP. “Os alvos são pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao investigado e, as medidas visam angariar outros elementos para subsidiar as provas já coletadas no inquérito policial que está em curso”, explicou Dra. Mayra.

A operação – O nome da operação faz referência ao italiano Charles Ponzi, conhecido por ser o mentor do “esquema Ponzi”, famoso golpe de pirâmide financeira ocorrido no século XX nos EUA.

Comentários

  1. Então tem mais alguma coisa por trás pois essas máquinas eram as que uns dentro de taiobeiras usava pra fazer empréstimo no cartão de crédito para a população. Passando o crédito na máquina sendo descontado uma porcentagem e pegando em dinheiro pagando as parcelas do cartão. E se ele era só sócio e fez tudo isso e o dono quem é? E o que faz pior?

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  2. Povo parece que é burr0, não existe essa de dinheiro fácil e de lucros orbitantes. O golpe taí, cai quem quer e acredita nessas fantasias. Enquanto existir o bolo, os espertos mamam.

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  3. Enquanto tiver besta nesse mundo os espertos lucram. Todos que investiram sabiam que era pirâmide, mas a ganância de levar vantagem era grande.

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