Imbróglio entre Civil e Militar atrasa visitas aos detentos de Taiobeiras. Familiares protestam

Vigilância de detentos é responsabilidade dos agentes penitenciários e não da Polícia Militar

Uma turma de familiares de detentos procurou a redação do Jornal Folha Regional para reclamar do atraso nas visitas aos presos, que geralmente é feita nas quintas, mas devido o feriado, foi antecipada para esta quarta. Os familiares foram revistados e estavam prontos para iniciar as visitas, quando chegou a informação de que as visitas estariam canceladas por falta de apoio da Polícia Militar na segurança, fato que gerou indignação nos familiares e nos detentos.

Em contato com Sargento Elisabeth, Assessora de Comunicação da PM, a reportagem foi informada que o problema é administrativo na Polícia Civil, pois a Polícia Militar não tem nenhuma responsabilidade de fazer vigilância na Delegacia, já que a função é dos agentes penitenciários. “Não é responsabilidade da PM fazer guarda de detentos, isso é função exclusiva dos agentes penitenciários, sob a coordenação do delegado da Polícia Civil, que é o diretor da Delegacia”, explicou Elisabeth.

Geralmente a Polícia Militar fornece apoio durante as visitas por questões corporativistas, como aconteceu no último domingo, dia 27, quando os agentes viajaram para fazer concurso público e a PM fez a vigilância da Delegacia sozinha.

No caso dessa quarta, uma equipe da Polícia Militar estava de prontidão na porta da Delegacia para apoiar as visitas, mas, por questões administrativas – e algo mais, que a reportagem não foi informada, os familiares chegaram a ser avisados de que as visitas teriam sido canceladas.

O anúncio gerou revolta nos familiares, que procuraram o Jornal Folha Regional. Os detentos também ficaram furiosos e protestaram jogando lixo no corredor da Delegacia. Diante disso, o delegado Alessandro da Silva foi ao Batalhão conversar com o Major Giovani para “acertarem os ponteiros” e as visitas foram retomadas.