Quadrilha que matou garimpeiro foi presa
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Equipe da Civil prendeu sete pessoas na operação. |
Seis prisões efetuadas e 12 mandados de busca e apreensão cumpridos. Esse foi o resultado da operação Blood Diamond, deflagrada nesta terça-feira (18/02) pela Polícia Civil nas cidades de Coronel Murta e Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, e Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A ação é desdobramento de inquérito a cargo da Delegacia de Polícia Civil em Araçuaí para investigação dos crimes de latrocínio, extorsão mediante sequestro, roubo qualificado, receptação e organização criminosa, cometidos em Coronel Murta, vitimando uma família na zona rural do município em novembro do último ano.
No decorrer das investigações, sete suspeitos de envolvimento nos fatos foram identificados pela Polícia Civil, entre eles dois irmãos, de 32 e 38 anos, presos hoje na operação com outro investigado, de 24, em Nova Lima, além de um quarto alvo, de 46 anos, detido em Padre Paraíso, todos em razão de mandado de prisão temporária.
Na operação de hoje, durante o cumprimento das buscas no Vale do Jequitinhonha, ainda foram autuados em flagrante uma mulher, de 27 anos, por receptação, uma vez que com ela foi encontrado o aparelho celular de uma das vítimas, e um homem, de 53, pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. Outros materiais de interesse da investigação também foram apreendidos.
A ação policial contou com a participação de 42 policiais civis lotados nas delegacias regionais em Pedra Azul e Nova Lima, além da Coordenação de Recursos Especiais (Core).
Sobre o caso - O crime ocorreu na manhã de 23 de novembro de 2024, quando quatro indivíduos armados, inclusive com fuzil, trajando roupas semelhantes a de agentes de segurança pública e coletes, invadiram uma residência na zona rural de Coronel Murta, apresentando-se como policiais.
Conforme relatos à polícia, após o proprietário atender os suspeitos, eles anunciaram o assalto, rendendo também o sobrinho da vítima, que estava no local. Os quatro homens, a todo tempo e de forma violenta, diziam que estavam ali atrás do dinheiro obtido pelo filho do dono da residência com a venda de pedras preciosas.
O filho da vítima, de 24 anos, que morava próximo, percebeu algo de estranho e foi até a propriedade do pai, momento em que também foi rendido, e assim como os outros, ameaçado de morte. Em determinado momento, o jovem foi atingido com disparo de arma de fogo e morreu no local.
Ao perceberem que não havia dinheiro na casa, os indivíduos foram para a outra residência, onde encontraram a esposa e a filha da vítima fatal. Eles fugiram no veículo da família, levando ambas e, durante o trajeto, exigiram da mulher que fizesse contato com familiares para transferência de valores. Posteriormente, as abandonaram em outra cidade da região.
Investigações - No curso das apurações, a equipe policial em Araçuaí, com a colaboração do setor de inteligência da Delegacia Regional em Pedra Azul e da Delegacia em Padre Paraíso, por meio de técnicas investigativas, identificou sete suspeitos de envolvimento nos fatos, bem como a participação de cada um deles.
De acordo com o delegado Paulo Sobrinho, titular da Delegacia em Araçuaí, as investigações apontam que os dois irmãos, naturais de Padre Paraíso e residentes em Nova Lima, obtiveram a informação de uma terceira pessoa, de Coronel Murta, sobre possível venda de pedras preciosas por parte de uma das vítimas.
Os irmãos, então, teriam se unido a outros três da cidade natal deles para a prática do roubo do dinheiro. A PC chegou também ao sétimo investigado, suspeito de ter dado apoio à fuga dos demais.
“Com os indícios reunidos de autoria, foi representado pela prisão temporária de todos eles. Além disso, os indivíduos subtraíram os celulares das vítimas, inclusive um aparelho foi recuperado em poder de pessoa vinculada a um dos suspeitos, o que corrobora a investigação criminal realizada até o momento”, observa Paulo Sobrinho.
As investigações prosseguem para a conclusão do inquérito, bem como os levantamentos para a localização dos outros alvos. Dos seis presos na operação, cinco foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça. Um deles, autuado em flagrante, conforme previsão legal, efetuou pagamento de fiança.
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