Plano para fechar presídios pode afetar o Alto Rio Pardo
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Comissão de Segurança da Assembleia cobra explicações do Secretário de Estado |
Foi realizada nesta
terça (19/10) na Assembleia de Minas uma audiência pública para debater o fechamento
de unidades prisionais em algumas cidades de Minas, dentre elas: Rio Pardo
de Minas, onde o presidio foi construído em 1.925, ou seja, tem 96 anos de
existência. Nos bastidores do Governo de Minas correu a informação de que o
fechamento ocorreria até dezembro deste ano e que os presos seriam transferidos
para outras unidades, como Montes Claros.
O assunto foi debatido
na Comissão de Segurança Pública da Assembleia, por iniciativa do
deputado Sargento Rodrigues (PTB), e com a presença do Secretário de Estado de
Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, ocasião em que garantiu resolver o
problema de forma parcial. Segundo ele, os presídios com menos de cem
detentos vão ser mantidos, mas funcionarão como central de escolta ou poderão
abrigar unidades no modelo Apac (Associação de Proteção e Assistência aos
Condenados).
"Vamos
manter os presídios, no que diz respeito à escolta, mas os presos não vão permanecer
nessas unidades por mais de 24 horas", informou o secretário. Após
esse período, o detento deve ser encaminhado ao presídio mais próximo. Rogério
Greco disse que essas decisões devem-se, sobretudo, à falta de pessoal.
No entanto, por lei,
cada comarca deve ter pelo menos uma cadeia pública. O secretário argumentou
que uma unidade prisional não consegue funcionar adequadamente com menos de 35
policiais penais, ao passo que, a perdurar o quadro atual de deficit de
pessoal, haverá em breve unidades com apenas 12 policiais.
Rogério Greco explicou
que, nas unidades que serão mantidas como centros de escolta, os presos
serão recebidos pelos policiais penais. Embora essa recepção seja uma
atribuição legal dos policiais civis, ele ponderou que essa foi a forma
encontrada para lidar com o problema de forma integrada, num esforço conjunto
das forças de segurança.
"Assim,
vamos manter todas as unidades, e tem muitas péssimas. Naquelas onde for
viável, já estamos em contato até com o Tribunal de Justiça para ver a
possibilidade de se transformarem em Apac. Ou seja, no momento é a única
solução que temos", disse Greco.
O deputado Sargento
Rodrigues pediu que a situação dos presídios seja reavaliada depois que mais
recursos humanos estiverem disponíveis. "Nossa maior preocupação com a
audiência era saber se vai fechar unidade, quantas, em quais cidades, o que
acontecerá com os servidores e com os presos e dizer à Secretaria de Segurança que
não pense a execução penal sem integrar todas as forças policiais",
ressaltou o deputado.
O juiz de direito
Evaldo Gavazza, coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização
Carcerária, disse que começou a visitar unidades prisionais de médio e grande
porte do Estado, devendo concluir esse trabalho até janeiro. "Precisamos
pensar qual será e como será o sistema penitenciário mineiro daqui a 20 anos",
defendeu o juiz, ao comentar a importância de um planejamento de longo prazo.
Concurso público para provimento de mais agentes da Polícia Penal-MG e Agentes socioeducativos.
ResponderExcluirConstrução de Complexos penitenciários em cidades de médio porte em MG.
Construção de Presídios novos e modernos nas Comarcas que ainda não tem e melhorias nas que já tem.
Aquisição de novas viaturas e armamentos para os Agentes.
Temos que pensar no futuro das penitenciárias Mineiras.