Capitão presta informações em São João
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Duranre audiência na Câmara Municipal, Capitão prestou esclarecimentos |
SÃO JOÃO DO
PARAÍSO – No dia 14, o comandante da
Polícia Militar no Alto Rio Pardo, Capitão Giovane Rodrigues, esteve na Câmara
Municipal dessa cidade para esclarecer à população o andamento das
investigações sobre a fatalidade envolvendo o deficiente mental Horácio Marcos
dos Santos, que foi morto a tiros no dia 18 de fevereiro após embate com a
Polícia Militar. “As investigações estão a cargo da Justiça Militar, que trabalha com a
máxima imparcialidade possível”, explicou o Capitão.
Conforme relatos do caso, a Polícia havia sido
chamada para conter os ânimos do jovem, mas ao chegar ao local, os militares depararam
com o deficiente muito nervoso e com um facão em punho, momento em que começou
a quebrar os vidros da viatura e agredi-los. O policial acusado de efetuar os
disparos é o Sargento Edmar Pereira Antunes, então comandante da guarnição, que
alega ter sido atingido pelo facão na mão esquerda e ter sua farda rasgada.
Enquanto as investigações não são concluídas, os
familiares e amigos de Marcos querem a transferência de todos os policiais
envolvidos na ocorrência. “Cada caso precisa ser avaliado e precisamos
ser justo. Não é possível movimentar os policiais todas as vezes que houver uma
intervenção traumática. Preciso ser cauteloso para não cometer injustiça. A Polícia
Militar não pode ficar sofrendo pressões e mudando policiais. Primeiro
precisamos fazer a avaliação de mérito pra saber se é ou não justo, e assim
tomar as providências”, explicou o capitão. “A minha linha de comando é
humanismo. A Polícia Militar não está satisfeita com essa ocorrência e as
providências estão sendo tomadas”, completou.
Durante toda a reunião, os familiares fizeram uma
série de questionamentos ao Capitão, que respondeu a todos de forma técnica e
precavida. “A Companhia tem uma Comissão para avaliar as ocorrências traumáticas e
fazer uma análise técnica das ações”, disse Giovani, demonstrando que
está acompanhando os fatos de perto.
Na ocasião, os familiares garantiram, com todas as
palavras, que não foi o Sargento Edmar que atirou em Marcos e sim um Soldado. “Eu
vi. Foi na minha frente. Meu filho estava de frente pra viatura e quando virou
pra trás, um policial baixinho e gordinho disparou os tiros”, afirmou
Neuza Rocha dos Santos, mãe de Horácio Marcos.
Em
reposta, Capitão Giovane explicou que tudo ficará esclarecido no processo e
demonstrou admiração nos questionamentos sobre a autoria, já que o Sargento
admitiu ter efetuado os disparos. “O relatório final vai demonstrar os fatos e
todos terão conhecimento do que foi apurado”, disse. “Precisamos
trabalhar dentro da lei e não podemos precipitar. Temos que ter paciência e
cumprir a lei. A verdade vai aparecer”, concluiu.
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