Morre vigia que queimou crianças em Janaúba
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Vigia Damião tinha 50 anos
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Agora a pouco, o vigia Damião Soares dos Santos, de
50 anos, que brutalmente ateou fogo em crianças numa creche da cidade de Janaúba,
morreu no hospital da cidade. A informação acaba de ser confirmada pela Assessoria
da unidade hospitalar.
Damião era funcionário efetivo da Prefeitura de Janaúba
desde o ano 2008. Ele havia pedido afastamento do trabalho no mês de setembro
alegando problema de saúde e foi à creche, na manhã desta quinta (05/10),
entregar o atestado médico, ocasião em que cometeu o bárbaro crime.
Conforme as primeiras apurações da polícia, o vigia noturno
teria chegado à creche com uma mochila rosa nas costas. Ao tocar a campainha,
funcionários teriam achado estranha a presença do vigia fora do horário de
trabalho, mas ele teria dito que iria entregar um atestado médico à direção da
unidade “Cemei Gente Inocente”.
Depois que adentrou à creche, Damião pegou um líquido
inflamável, possivelmente álcool ou gasolina, que usou para atear fogo no
próprio corpo. Funcionários informaram ainda que ele abraçou crianças que
também começaram a ter os corpos incendiados. A sala onde os alunos estavam tem
grades na janela e teto de PVC, uma espécie de material plástico, também
inflamável.
Até o momento, além do vigia, quatro crianças morreram com as queimaduras. Outras 25 pessoas foram socorridas com
queimaduras, dentre elas 14 crianças com idades entre 4 e 5 anos, que respiram
com ajuda de aparelhos. Os nomes dos mortos ainda não foram divulgados.
O prefeito de Janaúba, Carlos Isaildon Mendes (PSDB),
o vigia estava de férias e foi ao local para entregar um atestado médico.
Porém, por causas ainda desconhecidas, cometeu o crime. “Era um funcionário efetivo que
estava de férias. Tinha acabado de retornar e foi até a creche entregar o
atestado médico alegando que não estava passando bem. Não existia nenhum
registro de ocorrência contra ele”, lamentou o prefeito.
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Sala foi destruída pelas
chamas
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Em virtude da gravidade do caso, foi montado um
Sistema de Comando em Operações (SCO) no local, estrutura adotada para
controlar os trabalhos de resposta a situações críticas. O coronel que comanda
a 11ª Região de Polícia Militar acionou o comando-geral da PM pedindo apoio de
aeronaves. Vítimas graves foram transferidas para hospitais de outras cidades,
inclusive para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, que é referência em
tratamento de queimaduras em Minas.
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