O desafio da convivência entre agricultura familiar e mineração
Salinas e região precisam compreender os riscos socioambientais para evitar conflitos e injustiças. |
É inevitável que a extração mineral em grande
escala gere impactos socioambientais e à saúde coletiva. Isso é fato constatado
no Brasil. Daí, surge a importância dos órgãos de controle, seja municipal,
estadual ou federal, para compreender os riscos e vulnerabilidades no qual
nosso território está exposto com a chegada de grandes multinacionais à região de
Salinas.
Inicialmente, a maior preocupação é evitar conflitos
e injustiças, seja ambiental ou social, próprios dessa atividade econômica. A
exploração de lítio em Salinas, Araçuaí e outras cidades da região, já é uma
realidade, e, por isso mesmo, é urgente que seja compreendida a partir de uma
visão integradora, que valorize as questões materiais e simbólicas, típicas de
nosso território. O principal deles: nossos escassos recursos naturais.
Nossos líderes estão preocupados com isso?
Até então, nenhum deles se manifestou publicamente.
Os agravos à saúde coletiva da população que
ocupam o território precisa ser debatido, visando, ao menos, amenizá-los. Mas
quem vai fazer isso?
Também é inegável a importância econômica das
atividades minerárias, pois geram muitos impostos, serviços e uso de mão de
obra. Mas tem um efeito imediato, que é o uso, por parte das empresas, de
recursos naturais como a água e o solo. As multinacionais avançam sem freio e
sem fazer curvas, não interessa quem esteja na frente.
Para isso, os conglomerados contam com o aval
de políticos, órgãos públicos e principalmente com a força do dinheiro, que
facilita as mudanças bruscas no ambiente físico e social, impactando diretamente
na organização dos espaços vividos pela coletividade.
Nesse processo encontra-se uma estrutura
produtiva chamada agricultura familiar, fonte de renda da maioria de nossos
trabalhadores rurais. Parte deles estão reunidos no “Vale do Bananal”, zona rural de Salinas, alvo das
mineradoras. Somente uma dessas empresas pretende explorar 30 mil hectares nas
imediações da localidade. Em um futuro próximo, o Vale do Bananal terá suas
formas tradicionais de ocupação e de sobrevivência totalmente modificadas pelas
forças do grande capital, sem qualquer preparo dos moradores para a eminente mudança radical.
Com o avanço da mineração, os pequenos
produtores de leguminosas, hortaliças e da tradicional cachaça, já temem os
impactos sociais e econômicos, já que a mineradora Belo Lítio vai adentrar ao
território em busca do mineral mais estratégico da atualidade, pois atende a
indústria de baterias para celulares e carros elétricos.
O que fazer para proteger os povos
tradicionais e os pequenos agricultores das consequências que podem ser devastadoras?
Simples. Fazer cumprir as leis e regras
visando mitigar os impactos, já que a serra do Vale do Bananal será destruída.
Sem a serra, a água pode acabar. Sem água não tem produção, nem comida, nem cachaça. Ou seja: existe ainda um risco cultural.
A população regional precisa se mobilizar
para conhecer o projeto. Não se pode aceitar as imposições das multinacionais
sem qualquer contrapartida ambiental, social ou cultural. Assim, a região vai
conviver com os impactos e somente as empresas terão os lucros exorbitantes,
sem qualquer partilha.
“Vale
do lítio” – Lançado na bolsa de valores Nasdaq, em Nova Iorque, o projeto
Vale do Lítio visa ampliar a exploração de lítio no Alto Rio Pardo e Vale Jequitinhonha.
A proposta engloba 14 municípios: Salinas, Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta,
Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa,
Teófilo Otoni, Turmalina e Rubelita.
Enquanto alguns ficam bom d bolso, os do lugar explorado só ficam na pior, e com os prejuízos
ResponderExcluirEm nome da empresa Belo Lithium, nos colocamos à disposição para apresentar o projeto e esclarecer as dúvidas. Infelizmente, a fonte utilizada para a redação deste artigo não está correta. Nosso projeto não captará água do Rio Bananal, nossas sondagens não interceptaram o lençol freático e não há nascentes com água temporária ou permanente atingidas pelo projeto, o que mostra como as informações presentes neste texto são incorretas e causam desinformação. Além da Lei de Crimes Ambientais e das Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que nos obrigam a não alterar a qualidade das águas do Vale do Bananal, a Belo Lithium possui vários Programas de Controle Ambiental para permitir e comprovar à população suas práticas corretas, como o Programa de Gestão, Controle.
ResponderExcluirMonitoramento de efluentes, águas superficiais e subterrâneas, e o Programa de Controle de Processos Erosivos, Sedimentos e Gerenciamento de Águas Pluviais. Temos uma equipe especializada à disposição que já explica à comunidade todas as ações e programas da empresa. Recomendo que, ao desejar preparar um artigo de opinião, escutem as partes interessadas, começando pelo empreendedor, antes de redigir a matéria. Ficamos à disposição.
Tem vaga de em0rego mais no minero 38 98872-1256 da nos oportunidade de serviço
ExcluirEu quero é uma vaga de emprego nesse minero
ResponderExcluirMineradora e produção de cachaça não vai trazer benefício nem um pra mim e nem pra ninguém eu só importo com produtores rurais de verduras e com a água.
ResponderExcluirVai ser uma verdadeira devastação que triste
ResponderExcluirA nossa mãe terra está gemendo a dor de parto ,e cada vez chegando os exploradores para destruir a nossa vida e da natureza e o povo não entende acha q dinheiro é tudo na vida. Acorda proprietário,se é filho de Deus diga não
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