Polícia procura sequestradores que cometeram latrocínio
Garimpeiro Romário, de 24 anos, foi baleado nas costas e morreu no hospital. |
A polícia conseguiu identificar os quatro bandidos que atacaram violentamente uma família na comunidade Água Branca, zona rural de Coronel Murta, no último sábado (23/11). As buscas acontecem em toda a região, mas, até então, não se tem pistas dos bandidos.
A quadrilha, fortemente armada, invadiu a casa do garimpeiro Zé Pequeno, de 65 anos, na intenção de roubar uma grande quantia de dinheiro, oriunda de uma recente venda de pedras preciosas pelo valor de R$ 400 mil.
Enquanto pressionavam o idoso, o filho Romário Silva, de 24 anos, chegou à residência e também foi rendido pelos bandidos. Pai e filho foram amarrados e ficaram presos em quartos da casa.
Os meliantes reviraram a casa e encontraram somente R$ 1.000,00. Revoltados por não encontrar o dinheiro, eles atiraram nas costas de Romário. Logo após, os bandidos foram à casa vizinha, onde Romário morava, e sequestraram sua esposa de 22 anos e sua filha de 3 anos, evadindo no carro da família, um Fiat Toro, cor preta.
A quadrilha acreditava que o dinheiro das pedras havia sido entregue nas mãos do garimpeiro, no entanto, o negócio foi feito por meio de um cheque caução e depois finalizado digitalmente.
Na fuga, os sequestradores cobriram o rosto da mulher e a pressionaram a fazer um pix no valor de R$ 50 mil, no entanto, o aplicativo do banco bloqueou a transação após as tentativas frustradas. Familiares foram acionados para pagar o resgate das reféns, mas a transferência não foi concluída e os criminosos libertaram mãe e filha na BR-116, abandonando também o veículo próximo ao distrito de Ponto do Marambaia, município de Caraí, distante 200 quilômetros do local do crime. A mulher assumiu a condução do veículo e foi localizada pela polícia.
Comoção - Os garimpeiros Zé Pequeno e Romário foram socorridos e levados para o Hospital de Araçuaí, mas Romário não resistiu ao ferimento e morreu no hospital. O pai permanece em recuperação.
O velório aconteceu na fazenda da família, local do crime. Houve um cortejo até Coronel Murta, onde o corpo foi sepultado na manhã desta segunda (25), sob forte comoção da sociedade.
Investigação - A Polícia Civil está investigando o caso por meio da delegada Beatriz Cheroto. O homem que comprou as pedras já foi ouvido. Existe a suspeita de que ele também estaria sendo monitorado pelos bandidos.
O caso desafia a polícia da região, pois existem outros crimes semelhantes ligados às vendas de pedras preciosas, inclusive com reféns.
A esposa de Romário também já foi ouvida. Com os levantamentos e as pistas deixadas, a polícia já tem os nomes dos principais suspeitos, mas sem qualquer informação do paredeiro dos meliantes.
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