Policial também tem direito de viver


Por Carlos Benedetti

Quando um policial é morto covardemente por marginais inescrupulosos, não se vê na mídia os defensores dos direitos humanos. É como se o policial não fosse ser humano. Desaparecem como num passe de mágica. Agora, quando um marginal é morto por um policial durante um confronto, aí sim acontece a aparição de muitos. Creio que muitos deles, não são todos é claro, tem por objetivo principal o sensacionalismo, e sequer sabem o conceito de direitos humanos.
A própria mídia faz questão de enfatizar o fato, questionando a atuação do policial, impondo a dúvida se seria possível evitar a morte do “santinho” que, na maioria das vezes, já matou, roubou e estuprou. Ora, vamos deixar a falsa devoção de lado, e nos atentarmos que o policial é sim um ser humano e, como tal, não é desprovido de emoções, dentre elas, o medo. O policial é corajoso porque vai de encontro ao perigo, mas jamais aceitará qualquer ameaça ao seu direito de viver, sendo o medo o limite de sua tolerância.
Infelizmente, há sim policiais que matam marginais covardemente, mas a verdade é que são bandidos infiltrados nas Instituições Policiais, pois as provas de um concurso, tão somente avaliam o conhecimento do aspirante, e jamais o seu caráter e índole. Entretanto, mais cedo ou mais tarde, acabam sendo expulsos. É bom que se diga que o policial honesto e cumpridor de seus deveres, quando mata para se manter vivo, é afastado do serviço operacional em razão do trauma psicológico que sofre, pois é ser humano e não sente a menor satisfação em matar.
Muitos deles jamais voltam às ruas. Por outro lado, já dizia um grande amigo policial: “OS DEFENSORES DOS DIREITOS HUMANOS QUE ME DESCULPEM, MAS PREFIRO, SEM SOMBRA DE DÚVIDA, SER JULGADO POR SETE A SER CARREGADO POR QUATRO”.

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