A corrupção persiste porque dá lucro
Artigo do professor Levon do Nascimento |
A corrupção é um fenômeno recorrente em todos os
modos de produção historicamente conhecidos. Mas é no capitalismo que ela se
encontra mais plenamente identificada.
Engana-se quem associa corrupção apenas a defeitos de
caráter individualizados ou a uma prática cultural de determinado povo. Não é
só no Brasil que há corrupção. Nem os brasileiros são os seres humanos mais
suscetíveis a esta praga social. Não é correto dizer que A e B tem propensão a
serem corruptos porque são eticamente mais fracos do que C e D. Não é uma
questão meramente de moral. É de contexto e de conjuntura sócio-econômica.
O capitalismo, mesmo legalmente e culturalmente
estabelecido, é essencialmente corrupto porque sobrevive da expropriação do
“mais valor” do trabalhador pelo proprietário dos meios de produção. O que gera
e agrega valor ao produto ou serviço é o trabalho humano. Assim sendo, para se
manter o sistema de lucro, é necessário “tomar indebitamente” de uma imensa
parcela da sociedade o valor excedente de seu labor. E tudo isto se faz à luz
de Constituições e leis plenamente reconhecidas pelo Estado Democrático de
Direito. E, além da legalidade, a consciência moral não se culpa, pois a
relação proprietário/proletário é moralmente e culturalmente aceita como
correta e normal. O que faz levar à conclusão de que a corrupção não acontece
tão somente quando o ato é ilegal e criminoso. Ela é mais profunda, está na
raiz da estrutura social e dirige até mesmo as noções éticas de certo e de
errado.
Quando se foca na ideia de que a corrupção se dá
apenas na decadência moral de indivíduos (políticos, funcionários públicos ou
privados, líderes sociais e religiosos corruptos), perde-se de vista que junto
aos corrompidos há também, com maior força, os corruptores. Em geral, eles
representam os “players” do
capitalismo: são as empreiteiras que levam vantagens em licitações
governamentais, os bancos que, por meio de lobistas, definem as políticas
macroeconômicas de todas as nações (ricas e pobres, desenvolvidas ou não), a
indústria bélica que leva nações inteiras à guerra, no intuito de vender armas,
a propaganda e a desinformação midiáticas, além das já conhecidas indústrias do
tráfico: de drogas, de pessoas, do sexo etc.
A corrupção persiste porque dá lucro. É o
empreendimento mais rentável do mundo do capital. Como não é recomendável que
se coloque “remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a
roupa, tornando pior o rasgo” (Mateus
9,16), também não se acaba com a corrupção sem se destruir o capitalismo. É
algo bem mais amplo do que falar de prisão, impunidade e repressão. É mudança
de posturas e de paradigma.
* Levon do
Nascimento é sociólogo e professor de História.
Antes de falar de capitalismo esses imbecis metidos a intelectuais de esquerda deveriam ter, no mínimo, um cursinho de economia. Se o que agrega valor ao produto ou serviço é a mão de obra do trabalhador, vou cavar um buraco no quintal da minha casa tendo como trabalho meu tempo e mão de obra e vou vender a você...se eu demorar um ano pra cavar esse buraco, quanto você paga por ele?
ResponderExcluirEnfim, mais uma dele. A sua "bestologia" não tem fim.
ResponderExcluirAo sabido do primeiro comentário, se o buraco cavado for um posso em região árida, creio que o interessado pagará bastante pela referida mão de obra. Quanto aos cursos de economia, leia David Ricardo e Karl Marx, em suas obras econômicas, sem ideologias, afinal um é liberal e o outro socialista, e se confirmará nestes teóricos o que está dito no texto: É o trabalho que agrega valor ao produto. Mas caso queira confirmar na prática, sem teorias, dispense todos os trabalhadores de uma fábrica por uma semana e veja o quanto de "riqueza" ou valor a mesma produzirá naquele período.
ResponderExcluirDeve ser o mesmo imbecil esquerdopata que escreveu essa outra baboseira.... Sua teoria da mais valia formulada pelo seu guru esquerdopata (Karl Marx) foi refutado há muito tempo. Vc mencionou o poço em uma região árida e vc mesmo se refutou !! Um produto agrega valor por sí próprio e não a mão de obra aplicada nele....
ResponderExcluirVai estudar, pra não ficar pagando de babaca por aí: http://mises.org.br/Article.aspx?id=1386
Outra coisa querido esquerdopata, poço é com cedilha.... não "posso"... burrinho...
ResponderExcluirProdutos agora ganharam vida própria. Valorizam-se por si mesmos. Humanos não são mais necessários, especialmente se forem pobres trabalhadores.
ResponderExcluirLeu o artigo que te indiquei? Sua inteligência limitada bloqueia a compreensão de algo tão obvio.
ResponderExcluirMelhor nem zuar mais, vai que é doença....