Sem Teto ocupa área pública e demarcam mais de 200 terrenos. Hoje à noite eles vão para a reunião da Câmara

Aldinéia Cardoso com seus filhos e marido doente: "Não tenho dinheiro pra nada"
Ainda não se sabe a quantidade exata, mas estima-se que cerca de 250 famílias Sem Teto ocuparam uma área no bairro Planalto, localizada atrás do Moto Clube de Taiobeiras. Até ao anoitecer de segunda (02), as famílias permaneciam demarcando os terrenos, inclusive abrindo cavas para iniciar as construções. Algumas famílias já estavam colocando tijolos para iniciar as obras.

O imbróglio foi iniciado no dia 26 de fevereiro, quando o prefeito municipal de Taiobeiras, Danilo Mendes, através de processo administrativo, ordenou que os fiscais da prefeitura demolissem casas irregulares construídas na área. Como as famílias permaneciam nas residências, inclusive com crianças, as máquinas foram desligadas e foi dado um novo prazo para a desocupação: 30 dias.

O prefeito não recuou. As casas só não foram demolidas porquê a Polícia Militar pediu um novo prazo, até que as famílias conseguissem um novo lugar para morar, mas as demolições serão inevitáveis, pois estão irregulares e o prefeito precisa preservar o patrimônio público”, explicou Dr. Rogério Araújo, advogado do município, durante entrevista no programa Debate Transamérica.

Reinaldo com seus filhos e esposa: "Tô aqui há dois meses e não tenho pra onde ir"
Para agravar a situação, os Sem Teto declaram que não receberam nenhum auxílio da Assistência Social. “Ninguém nunca ofereceu nenhuma ajuda pra gente, eles só querem derrubar as casas”, disse José Chagas, de 40 anos, em entrevista ao programa Debate Transamérica.

A reportagem da Folha Regional esteve na área ocupada e ouviu várias pessoas. A situação é de conflito. “Estamos ocupando os terrenos porque não temos condições de continuar pagando aluguel e ainda não estamos recebendo nenhuma ajuda da prefeitura. O prefeito nem aqui vem”, disse Reinaldo Miranda, de 24 anos, pai de dois filhos. “Tem dois meses que estou aqui e não vou sair, pois não tenho pra onde ir com minha mulher e filhos. Não tô tendo nem dinheiro pra pagar os talão de água e luz”, completou.

As Sem Teto Marly Rodrigues, de 43 anos e Neuma Cardoso, de 40 anos, vivem situações semelhantes. Elas possuem quatro filhos e estão com os maridos doentes, um com problemas nos rins e outro com epilepsia, respectivamente. “Nós não temos dinheiro pra nada, muito menos pra pagar aluguel”, disse Neuma Cardoso.

Na reunião da Câmara Municipal dessa terça (03), às 19 horas, os Sem Teto planejam fazer novo protesto. Assistam abaixo depoimento da Sem Teto Aldinéia Cardoso, mãe de quatro filhos, que está desempregada e com o marido doente. Ela construiu uma casinha na área pública para fugir do aluguel. Sua casa é uma das que está com ordem de demolição.

Comentários

  1. Se a prefeitura permitir, amanhã cada um pega uma cavadeira e sai demarcando lote. Tem que parar com isso agora. Isso é patrimônio público. Permitir é o mesmo que aceitar corrupção.

    ResponderExcluir
  2. Entendo que todo mundo tem direito a moradias, mas como que um povo que invade uma coisa que não é deles em uma área onde um lote tá avaliado em mais de 40 mil reais e querem se apropriar e ainda querem ter razão e se acham no direito de fazer isso? num entra na minha cabeça isso, num é dever só da prefeitura zelar pelos desabrigados, isso tá mais parecendo arruaça do que realmente necessidade por parte de alguns, onde que esse povo tava antes, porque aparecerão assim do nada?

    ResponderExcluir
  3. Pra que serve mesmo Assistência Social, aqui em INDAIBIRA, serve p dar emprego bando de puxa saco.

    ResponderExcluir
  4. Não é demolindo e expulsando as pessoas que se resolve. Precisa-se de ações sociais e políticas públicas de habitação para essas pessoas. Achei que em Taiobeiras só morasse gente rico, né... Tá na hora de todo mundo ajudar, né...

    ResponderExcluir
  5. o tempo que esta demolindo as casas porque nao manda um fiscal, fiscalizar cada um muitos nao precisa e esta ali

    ResponderExcluir
  6. eu acho que tem gente ali que não tem necessidade nem uma tem casa em outro lugar e esta ali para aproveitar a situação a prefeitura deveria ver que tem real necessidade

    ResponderExcluir
  7. a maioria tem casa... até eu queria terreno.... de graça!?!?!?? eu quero!!

    ResponderExcluir
  8. A assistência social serve para ver como que estas pessoas estão vivendo, concordo com o comentário acima certo que em Indaiabira a Assistência Social ajuda com serviços (empregos), mas para quem já tem e estar com a barriga cheia, um exemplo alguns moradores do bairro novo passam por necessidades e aonde é que esta essa assistência? resposta: Ajudando que não precisa e se esquecendo de quem realmente precisa, daqui uns dias não duvido nada de isso que esta acontecendo em taiobeiras vim a acontecer no município de Indaiabira, cabe aos governantes ficarem atentos e ver o que realmente precisa ser mudado.

    ResponderExcluir
  9. Se as autoridades não tomarem uma medida para impedir com estas invasões, simplesmente é o inicio do primeiro "aglomerado", para não dizer "FAVELA" em Taiobeiras. É isto que vocês querem para Taiobeiras. E adivinhem quem está liderando.

    ResponderExcluir
  10. jornal e que pode ajudar esse povo porque ta 24 horas ai

    ResponderExcluir

Postar um comentário