Horta circular agroecológica é a nova aposta na região

Sistema está sendo divulgado para agricultores familiares da região
Hortas em formato pouco convencional, com uso racional de água e integradas a um galinheiro. Nos últimos meses, elas estão chamando a atenção em algumas propriedades de agricultores familiares no Norte de Minas. São as hortas circulares agroecológicas, que fazem parte de um projeto envolvendo a Emater-MG e a Embrapa Milho e Sorgo. O objetivo é garantir a segurança alimentar das famílias, com uma produção sustentável, adaptada às condições da região. 

Foram implantadas doze unidades modelos em propriedades de famílias incluídas no programa Brasil Sem Miséria. As hortas circulares contam basicamente com um galinheiro na área central, três canteiros circulares cobertos com lona e sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão. O sistema é todo cercado com tela para evitar a entrada de animais.

Os canteiros para produção de hortaliças são geralmente cobertos com lona, num sistema semelhante ao usado na produção de morangos. A cobertura ajuda a otimizar o gasto água e a reduzir o uso da mão-de-obra para o controle de plantas daninhas.

A fertilização dos canteiros cobertos e com gotejadores é feita com a sucção de uma caixa de fertilizantes. Outra caixa d'água é usada pra higienização das hortaliças após a colheita. Já a produção das mudas é feita em bandejas de isopor dentro de um pequeno espaço fechado e com sombrite. Este espaço pode ficar dentro ou fora do círculo de canteiros.

Já o galinheiro que fica no centro da horta circular é coberto, com 2,5 metros de raio, e uma capacidade para manter dez galinhas e um galo. Além do comedouro, bebedouro, poleiro e ninho, existe um acesso para que as aves saiam para a parte externa do sistema.  Os resíduos da produção de hortaliças são disponibilizados para a alimentação dos animais. Já as fezes das aves, serve de adubo para a produção de hortaliças. 

A divulgação das hortas circulares agroecológicas é realizada durante capacitações técnicas nas comunidades onde elas estão implantadas. Cerca de 20 a 30 famílias têm participado de cada capacitação.

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