Sem ação política, falta de água ameaça Taiobeiras novamente
Com poucas chuvas e sem barragem, população
da cidade está ameaçada
*Por Alex Sandro Mendes
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Gráfico com as chuvas do ano de 2011 |
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Gráfico com as chuvas do ano de 2012 |
O caos com a falta de água assolou a cidade de
Taiobeiras no último mês de outubro. Vieram as chuvas de novembro e os
famigerados e vergonhosos caminhões pipa foram embora. Dezembro não choveu. O
mesmo aconteceu com os primeiros dias de janeiro. As águas do rio Pardo continuam
indo para o mar e o leito do rio abaixa rapidamente. Enquanto isso, nossos políticos
continuam apenas preocupados com os processos judiciais que tramitam na Comarca
e em tripudiar os adversários.
Folha Regional fez uma apurada pesquisa junto ao
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão com 105 anos de tradição, e
descobriu que o ano de 2013 pode ser bem pior do que 2012 em relação ao
abastecimento humano. Conforme o INMET, durante o ano de 2011 foram acumulados 710 milímetros de chuvas
(veja o gráfico), mesmo assim, as águas foram suficientes para abastecer
Taiobeiras apenas até o mês de setembro, gerando aquele vergonhoso
engarrafamento de caminhões pipa no mês de outubro.
Se no ano de 2011 choveu 710 mm e 2012 foi de caos, o
pior está vindo. Ainda conforme o INMET, durante o ano de 2012 foram acumulados
apenas 450 mm
de chuvas (veja gráfico). Diante disso, resta concluir que 2013 poderá ser de muito
sofrimento.
Mesmo diante desses números alarmantes, não se ver
nenhuma movimentação política, nenhuma ação efetiva, nenhuma atitude mínima que
seja. Nossos políticos precisam sair do ar condicionado e irem à busca de soluções
urgentes, caso contrário, os caminhões pipa estarão de volta em número cada vez
maior.
E a Copasa???
Quanto a essa empresa não existem mais palavras para falar
mal. A incompetência já ultrapassou todos os limites do absurdo. Mesmo sendo humilhados
no último outubro, seus diretores continuam inertes, apenas esperando liberações
de recursos. Tudo leva a crer que eles estão esperando a situação agravar ainda
mais para fazer algo, como sempre. Num raciocínio lógico, as tais soleiras de nível
(de qualidade duvidosa) que eles estão querendo fazer já deveriam ter sido
iniciadas ontem, pois nossas águas estão indo pro mar na mesma velocidade de
sempre.
Depois desse artigo, aposto que vão aparecer
alienados para dizer que é sensacionalismo, que é oposição, que é isso e aquilo.
Tudo balela. O fato é que, a agricultura familiar já está morta. Não se produz
feijão mais. Milho também. Cana idem. Mandioca às vezes. Nessa hora ninguém escuta
falar de FETAEMG, Sindicatos, EMATER e outros, que só aparecem na boa. E não
adianta querer argumentar o contrário, o povo sabe que é assim.
A permanecer desse modo, daqui a pouco nossos políticos
vão para as rádios novamente tentar transferir responsabilidades. Uns falam que
a culpa é da Copasa, outros dizem que é a degradação ambiental, e se brincar
colocam a culpa até em São Pedro.
No entanto, existe a esperança em Deus, que tudo
pode, pois se depender dos políticos e da Copasa, estamos ferrados.
Pronto,
falei!
*Diretor do Jornal Folha Regional
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