Deputado Antônio Jorge trabalha pela criação de carreiras na Atenção Primária
![]() |
Deputado Antônio Jorge (PPS) |
O Conselho Federal de Medicina (CFM)
há mais de cinco anos trabalha pela criação de uma carreira voltada para os médicos
que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, há três Propostas de
Emenda à Constituição (PECs) tramitando. As propostas 454/2009 e 34/20111
apresentam similaridades, entre elas, o vínculo com o Estado, ingresso por
concurso público e regime de dedicação exclusiva - sendo permitido o exercício
do magistério. Há, ainda, previsão de ascensão funcional, acesso a programas de
educação continuada e remuneração compatível com as exigências. O deputado
estadual Antonio Jorge (PPS) vai mais além e, desde o ano passado, trabalha
pela criação de carreiras não só para os médicos, mas também para todos os
profissionais que atuam na Atenção Primária.
Segundo o deputado, este, que era um
desejo, tanto dos constituintes, quanto dos profissionais de saúde, tornou-se
quase uma utopia. Mais de duas décadas depois, novas realidades se
colocaram. Por isso, para Antonio Jorge, é preciso sair do campo da
utopia e partir para uma solução. O aprimoramento do SUS, segundo o
parlamentar, exige que as carreiras se aproximem.
Os primeiros
passos, ainda insipientes, sinalizam para a possibilidade da construção de
carreiras voltadas para os profissionais que atuam na atenção primária. Tem-se
na Estratégia da Saúde da Família (ESF) uma das experiências mais exitosas no País.
E, é neste cenário que as carreiras se aproximam mais. Nele, os profissionais
têm a mesma carga horária. O resultado é da equipe, o que pressupõe uma
integração. Essa sugestão nasceu de discussões, muito densas e ricas,
realizadas em reuniões com representantes do Ministério Público, do Conselho de
Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MG), sindicatos e de conselhos
profissionais.
Nessas
reuniões também ficou claro que as carreiras da saúde não visam somente a
questão funcional. Mais que isso, visam, ainda, a melhoria do processo de
trabalho em saúde. Quanto mais próximos estão os profissionais, quanto menos
hierarquizados são eles, maiores as chances de melhores resultado na atenção
primária.
Em Minas, a
experiência dos consórcios públicos na área de saúde mostrou-se assertiva. Mas,
segundo o deputado, é preciso avançar mais. “Diante da necessidade das
carreiras, a perspectiva aponta para a criação de um consórcio público de
direito público que congregue todos os profissionais do ESF no Estado, o que,
logicamente, se dará com financiamento tripartite, com o aporte de recursos
pela União, estado e municípios. Se esse ideário se tornar um consenso, o
Governo estadual deverá ser o proponente. A nós, da Assembleia Legislativa de
Minas Gerais, cabe usar o potencial que temos de interlocução com a sociedade.
E, com a participação dos vários segmentos, construir e levar ao Governo
estadual uma proposta consistente que contemple as carreiras do profissional da
atenção primária”.
Nessa
proposta, ainda em discussão, os consórcios absorveriam os servidores que atuam
na ESF e que entraram no serviço por concurso público, seja no ente municipal,
estadual ou federal. Com ela, há avanços também na solução de outro problema
que extrapola os limites do setor saúde, que é a precarização dos contratos
daqueles que não fizeram concurso público. O objetivo seria sanear uma praga
que se hoje se multiplica no ambiente público. Para resolver problemas
pontuais, ao longo dos anos, União, estados e municípios, formalizaram contratos
temporários e deixaram para trás muitos passivos na área do Direito.
“O
fato é que precisamos ter, sob ponto de vista da governança pública, soluções
que sejam legais, robustas e que apontem para uma perenidade futura”,
assegura o deputado.
António Jorge é um Deputado sério. Foi secretario de saúde do estdo de Minas. Nesse eu confio!
ResponderExcluir