Após acordo, regularização fundiária será retomada na região
Conforme Termo, 11 municípios do Alto Rio Pardo serão benefícios com a regularização de terras. Foto: Cristiano Machado |
Depois
de cinco anos de negociações com o Ministério Público de Minas Gerais, a
Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG) alcançou a solução consensual que permitirá
a retomada do Programa de Regularização Fundiária Rural em 11 municípios da microrregião
Alto Rio Pardo: Rio Pardo de Minas, Salinas, Fruta de Leite, Padre Carvalho,
Santa Cruz de Salinas, Rubelita, São João do Paraíso, Vargem Grande do Rio
Pardo, Indaiabira, Santo Antônio do Retiro e Ninheira.
O Termo
de Acordo Preliminar entre o Governo de Minas e o Ministério Público já foi
assinado. Com isso, a expectativa é de que cerca de 10 mil posseiros de terras
devolutas do Estado sejam beneficiados com a negociação promovida pela Regional
Montes Claros da AGE-MG, segundo informações do governo mineiro.
As regularizações
de terras devolutas estavam suspensas desde 2011, após liminar concedida pelo
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em duas ações civis públicas
ajuizadas pelo MPMG que culminaram na operação “Grilo”, contra a grilagem de
terras.
De
acordo com o advogado Regional do Estado em Montes Claros (AGE-MG), João Paulo
Pinheiro Costa, esse termo é o primeiro passo para a retomada da regularização,
suspensa há 11 anos, em virtude de duas liminares concedidas em ações civis
públicas propostas pelo MPMG, que impedem qualquer ato de regularização nos municípios
da região.
“Essas
ações foram propostas contra supostas grilagens de terras na região, impedindo
qualquer regularização. Há cerca de cinco anos, em atendimento a pedido da
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa),
antiga Seda, a AGE-MG passou a interagir com o MPMG na busca de solução
consensual”, explicou o advogado, lembrando que esse termo ainda
precisa ser homologado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), vai
permitir que o Estado retome os procedimentos de regularização.
A procuradora
do Estado de Minas Gerais, Gabriela Silva Pires e Oliveira, também participou
das negociações, pela AGE-MG. “Sabíamos que essa pauta era extremamente
prioritária e não foram medidos esforços, nos últimos meses, para que esse
acordo se concretizasse da forma técnica que melhor atendesse ao Estado de
Minas Gerais e à Seapa”, informou. Segundo ela, “foram várias
reuniões on-line e presenciais com o Ministério Público. Foi um esforço
conjunto para chegarmos ao termo da forma que foi elaborado”, completou.
Segurança
jurídica – De acordo com o governo de Minas, a
regularização fundiária proporcionará maior segurança jurídica aos
agricultores, possibilitando o investimento nas terras, o acesso ao crédito
rural, além do recebimento do título da propriedade.
O superintendente de Regularização Fundiária da Seapa, Pedro Garcia, informou que, após a homologação do acordo, haverá condições de entregar os primeiros títulos em aproximadamente dois meses.
Comentários
Postar um comentário