Regulamentação dos jogos é tema de debate na Assembleia
Evento acontece na manhã de sexta-feira (13),
promovido pela Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo.
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O deputado João Alberto (PMDB) é um dos autores do Requerimento para realização do debate |
O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
(ALMG) sedia na manhã da próxima sexta-feira (13/11/15) o Debate Público Os
desafios e perspectivas para a regulamentação dos jogos. Promovido pela
Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo, o evento se inicia
às 9 horas. Entre os participantes estão o empresário e publicitário José
Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni; o presidente da Associação Brasileira
dos Bingos (Abrabin), Olavo Sales da Silveira; e a presidente da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais, Patrícia Coutinho.
O requerimento para a realização da reunião é de
autoria dos deputados João Alberto (PMDB), Alencar da Silveira Jr. (PDT) e
Ricardo Faria (PCdoB). O debate será organizado em três painéis, todos no
período da manhã: Turismo, emprego e renda; Regulamentação; e Desenvolvimento
econômico e social.
Apesar de a regulamentação dos jogos ser uma
atribuição do Congresso Nacional, o deputado João Alberto considera importante
definir um posicionamento de Minas sobre o assunto, até porque os projetos que
tramitam hoje em Brasília delegam aos estados algumas iniciativas, tais como
definir em que regiões poderão ser instalados cassinos. “Se forem liberados, os cassinos
devem ser criados de forma estratégica, não banalizados. Eu defendo que as
estâncias hidrominerais poderiam recebê-los, ou regiões que carecem de outras
fontes de renda”, afirmou o deputado João Alberto.
A geração de empregos e arrecadação, para João
Alberto, são o argumento decisivo em favor da regulamentação. “Nós
temos um jogo institucionalizado, principalmente pela Caixa Econômica Federal,
que movimenta R$ 12 ou 13 bilhões por ano. E temos o jogo ilegal, na
clandestinidade, que movimenta cerca de R$ 20 bilhões em todo o País. Isso é,
no mínimo, uma negligência do Estado, pois há milhares de trabalhadores que não
têm direitos trabalhistas e o governo deixa de arrecadar recursos que poderiam
ser aplicados na saúde, educação e segurança. Legal ou não, o jogo existe em
nosso País”, defende João Alberto.
Em Minas, já existiram cassinos nas estâncias
hidrominerais, no Sul de Minas, no governo de Getúlio Vargas. O jogo foi
proibido durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, há 69 anos. João Alberto diz
que a motivação pode ter sido política. “Dutra queria enfraquecer Vargas e dizia que
as fontes de financiamento do petebismo varguista vinham do jogo, dos cassinos”,
revela. O deputado argumenta que, dos 156 países da Organização Mundial do
Turismo, só 27 não regulamentaram o jogo, a maioria deles islâmicos. “Na
América do Sul, o jogo só não é regulamentado na Bolívia e Guiana Francesa”,
argumentou João Alberto.
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