Professores de Rio Pardo de Minas sofrem com a desvalorização

Classe cobra pendências de 2018 e 2 salários de 2019 e 13º

Além de receber pouco, uma das menores média salarial da região, a classe educadora de Rio Pardo de Minas ainda sofre com atrasos nos pagamentos e parcelamentos. Segundo os educadores, a desvalorização não é apenas na questão salarial, muito deles também aturam péssimas condições de trabalho, assédio moral e perseguição política, gerando baixa estima e problemas emocionais.

Diante disso, a comunidade escolar retornou às ruas no final da tarde de quinta (19/12) para protestar. Os manifestantes, com faixas e cartazes, fizeram carreata com buzinaço pelas ruas, partindo do bairro JK para o Centro. “Não podemos, sequer, planejar uma comemoração de Natal, pois nossa situação financeira é caótica”, disse uma manifestante ao microfone.

Ainda conforme os comunicadores, os impactos dos atrasos afetam o comércio local, pois a inadimplência é inevitável. Segundo eles, o ano letivo de 2019 só foi concluído devido à boa vontade da classe, que se preocupou com os alunos, mesmo diante do caos financeiro.

Em 2018, devido aos atrasos nos repasses por parte do Governo do Estado, os educadores “aceitaram um acordo cruel”, pois entenderam a situação, mas em 2019, segundo eles, a situação se repetiu, mesmo com a regularização dos repasses.

Os manifestantes disseram que pediram ao prefeito, diante do Ministério Público, que medidas concretas fossem tomadas, no entanto, o problema se arrastou sem que ninguém fizesse nada. “Ao invés de optar pela austeridade, o prefeito passou a fazer farras na compra de férias e conceder horas extras e gratificações para o seu grupo político”, denunciou professora Marleide de Souza, uma das manifestantes.

No protesto, os professores reclamaram ainda que o prefeito Marcus de Almeida não toma decisões por si próprio. “Sempre tem uma sombra por trás de sua figura de prefeito, levando-o a tomar decisões irracionais que só prejudicam a cidade”, disse Marleide, que encerrou o discurso em nome dos manifestantes com um pedido de socorro.

A classe cobra a última parcela do salário de dezembro 2018, que foi dividida em três vezes e ainda falta a última parcela, que deve ser paga nesta sexta (20). Também de 2018 ainda falta o 13º salário, que tem promessa de pagamento só em março de 2020. Já de 2019, os professores informam que faltam os salários de novembro e dezembro, além do 13º e terço de férias.

A reportagem solicitou uma nota do prefeito Marcus de Almeida, mas até o fechamento dessa matéria não havia sido enviada.
Faixas retratam a revolta dos educadores

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