Zema veta proposta que beneficiaria o Norte de Minas
Veto impede que Recursos do Fundo de Erradicação da Miséria tenha conta especifica |
O governador Romeu Zema vetou a proposta de aplicar os novos recursos do Fundo de Erradicação da Miséria, que atenderia especificamente o Norte de Minas, em conta específica, como foi aprovado pela Assembleia Legislativa. O fundo tem receita de aproximadamente R$ 700 milhões por ano.
A Lei
23.521, de 2019 foi publicada, com veto parcial, no Diário
Oficial de Minas Gerais. A matéria tramitou, na Assembleia de Minas, como
o Projeto de Lei (PL) 1.014/19, e foi alvo de acirrados debates entre
parlamentares, uma vez que estava em pauta a prorrogação da cobrança
adicional de 2% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de
produtos supérfluos e serviços de comunicação.
Caso
a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) mantenha o veto, os
recursos do fundo não serão mais destinados à conta específica do FEM, conforme
determina texto aprovado, na ALMG, no último dia 17 de dezembro.
O
governador Romeu Zema (Novo), autor da matéria, vetou o artigo 5º da Proposição
de Lei 24.496, de 2019, originada pelo PL 1.014/9. O dispositivo modificou
o caput do artigo 3º da Lei 19.990, de 2011, que criou o fundo,
estabelecendo que os recursos financeiros destinados a ele sejam depositados em
conta específica de titularidade do FEM, mantidos em instituição financeira
pública e movimentados por meio eletrônico.
Esses
recursos são provenientes do acréscimo de 2% nas alíquotas do ICMS de
produtos supérfluos, como cigarros, bebidas alcoólicas, celulares e armas. A
majoração também atinge os serviços de comunicação, que terá vigência
até 31 de dezembro de 2022.
O caput do
art. 3º da Lei 19.990, 2011, prevê que as disponibilidades de caixa do fundo
observarão o princípio da unidade de tesouraria, ou seja, os valores devem ser
alocados na conta única do tesouro estadual. De acordo com o governador, a
alteração dessa disposição, obrigando a transferência dos recursos para conta
específica, é contrária ao interesse público.
Comentários
Postar um comentário