Projeto minerário da SAM é considerado estratégico para o Brasil
Conforme membros do Comitê (foto), Bloco 8 integra Política Pró-Minerais
Estratégicos do PPI |
O
Comitê Interministerial de Análise de Projetos de Minerais Estratégicos
(CTAPME) definiu quatro projetos minerários prioritários que envolvem operações
de minério de ferro, fosfato e cobre, considerados “minerais estratégicos” para
o Brasil. Um desses projetos visa a exploração de minério na região, conhecido
como Bloco 8, da Sul Americana de Metais (SAM), subsidiária da chinesa
Honbridge Holdings, avaliado em US$ 2,1 bilhões, que está em fase de
licenciamento.
Coordenado
pelo Ministério de Minas e Energia, o CTAPME trabalha para auxiliar os projetos
minerários relevantes para a ampliação da produção nacional de minerais
estratégicos.
O
projeto da SAM prevê a construção de um complexo em Grão Mogol, Padre Carvalho
e Fruta de Leite com capacidade para produzir 27,5 milhões de toneladas de minério
de ferro por ano com teor de 20%, por isso terá também uma planta de
beneficiamento para sua transformação em produto de alta qualidade.
O
problema do projeto é a obtenção do licenciamento ambiental, pois é necessário a
construção de um mineroduto de 480 km para escoamento da produção até o porto
de Ilhéus (BA). Ou seja: a SAM precisará de muita água para transportar o
minério e a região é extremamente seca, faltando água até mesmo para consumo humano.
Diante
disso, a SAM e o Ministério Público assinaram termo de compromisso assumindo
uma série de condicionantes para que seja permitido a liberação da licença
prévia.
Além
do projeto da SAM, o CTAPME considera prioritários para o Brasil os projetos que
integram Serra Norte, parte do Sistema Norte, em Parauapebas (PA), além do cobre
de Alemão, em Carajás, também no Pará – ambos da Vale. Outro projeto prioritário
é o de fosfato Três Estradas, da Águia Resources, no Rio Grande do Sul.
"Cabe
ao CTAPME identificar os projetos de mineração considerados prioritários sob a
perspectiva da política mineral e que, com efeito, receberão o apoio do PPI no
processo de licenciamento ambiental", afirmou o colegiado
coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
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