Pandemia gera caos no hospital de São João do Paraíso
Dra. Maria Isabel, Diretora Clínica do Hospital de São João: "Se a população não tomar os devidos cuidados a situação irá piorar" |
Por Patrícia Marques
Faltam leitos, profissionais e equipamentos para receber
os pacientes com Covid
A situação do Hospital de São João do Paraíso
passou dos limites... Além de ser pequeno porte, ainda é muito simples, sem
equipamentos e com poucos profissionais. Resultado: caos!
Folha Regional entrevistou a diretora clínica
do hospital, Dra. Maria Isabel, que clama pela colaboração da população. “A
situação já é de caos, e se a população não colaborar vai piorar ainda mais”,
disse a médica, explicando que o hospital também recebe pacientes de Ninheira.
Na área restrita do hospital, onde recebe os
pacientes suspeitos e positivos para Covid-19, eram apenas sete leitos, todos estavam ocupados
na segunda (11), sendo preciso um paciente ter que aguardar na ambulância. Com
isso, foram improvisados mais quatro leitos restritos, totalizando somente 11
leitos para Covid. O hospital também não tem leito de UTI para pacientes graves. Conforme o último boletim são 109 pessoas doentes no
município, duas deles estão em leitos de UTI de Taiobeiras e Salinas.
Em média, o Pronto Socorro de São João do Paraíso
faz 800 atendimentos por mês, e o hospital possui 50 leitos, sendo que agora 11 estão
restritos para pacientes com Covid. “A dificuldade é que a área restrita está
praticamente no mesmo corredor da área clínica, onde recebe os outros
pacientes. Tivemos que improvisar divisórias para separar os pacientes, pois os
acompanhantes também ficam expostos”, explica Dra. Maria Isabel.
Outro grave problema em São João do Paraíso é
a equipe de profissionais muito reduzida. Apenas na virada do ano, o hospital
perdeu quatro plantonistas, antes eram oito. “Todos os profissionais do
hospital estão no limite do cansaço, principalmente os médicos, pois apenas
quatro plantonistas é muito pouco”, lamenta Dra. Maria Isabel,
informando que cada médico está fazendo plantão dobrado, e o hospital está na iminência
de perder mais uma médica plantonista, que já está com contrato em outra
cidade. “A sobrecarga está enorme, mas a população não está entendendo isso”,
completou.
Para piorar a situação, boa parte da
população é negacionista. Muitos familiares dos idosos doentes não aceitam os diagnósticos,
alguns questionam até os resultados dos exames. E o pior: metem nas entrevistas
com os profissionais de saúde sobre quantidade de dias com sintomas e sobre contatos
com infectados. “Além disso, os profissionais são constantemente ameaçados com processos
judiciais”, lamenta a diretora clínica.
Neste cenário de caos, é aguardado um novo decreto de restrições a qualquer momento.
Não julgo as pessoas por questionarem testes rápidos, peguei covid e o teste rápido deu negativo, só descobri depois com o do cotonete...
ResponderExcluirNem todas pessoas estão sendo testadas com o cotonete...
Ja faz tempo que o hospital e um problema náo é por causa do corona
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