“Para prefeitura ter dinheiro em caixa, basta não roubar”, diz prefeito

Prefeito Humberto Souto diz que tem R$ 200 milhões em caixa e que é fácil administrar quando não rouba.

Enquanto a grande maioria dos prefeitos da região estão choramingando a falta de dinheiro até mesmo para pagar a folha dos servidores, o prefeito de Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas, Humberto Souto (Cidadania) se gaba de ter dinheiro sobrado nos cofres públicos do município.

Mas qual o segredo de Montes Claros?

“Basta não roubar o dinheiro do povo”, responde o prefeito publicamente em entrevista coletiva, ocasião em que assinou ordem de serviço para execução de obras. “Temos R$ 200 milhões em caixa”, afirmou o gestor de 89 anos, dando ênfase à importância da honestidade para manter as contas públicas em dia. “Se não roubar, fica muito fácil administrar uma prefeitura e até sobra recursos", ressaltou.

Pacote de obras –

A Prefeitura de Montes Claros lançou um pacote de obras, denominado Programa de Investimento no Cidadão (PIC), com a previsão de aplicar R$ 250 milhões em ações em diversas áreas, como infraestrutura, educação, saúde e meio ambiente, tudo com recursos próprios.

Prefeituras falidas pelo Brasil – Por outro lado, a grande maioria dos prefeitos do Brasil protestam e até fecham as portas das prefeituras para chamar a atenção por causa da quebradeira. Muitos prefeitos alegam não ter dinheiro nem para os serviços essenciais, como arrumar as estradas vicinais.

Solução – Por conta de uma lei sancionada pelo presidente Lula no último dia 24 de outubro, municípios e estados terão melhora na arrecadação, pois a lei garante compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS), que havia sido baixado em 2022 por medida adotada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com a nova lei, o Governo Federal estima que estados e municípios terão a arrecadação recomposta em R$ 27 bilhões. Além desse repasse, o governo federal também pretende pagar aos municípios uma parcela extra do FPM para compensar a queda de arrecadação dos últimos três meses.