Polícia Federal divulga foto do chefe da quadrilha que desviou R$ 400 milhões dos cofres públicos
Deivsion Oliveira Vidal, 31 anos, é apontado como o chefe do esquema |
Pouca
idade, extremamente articulado, com impressionante ascensão social e conhecido
como “prefeito”. Estas são características usadas pela Polícia Federal
(PF) para definir o perfil de Deivsion Oliveira Vidal, presidente da
organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) Instituto Mundial
de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), investigada por um suposto esquema de
fraude na celebração de contratos, em diversas áreas, com órgãos públicos,
inclusive o Ministério do Trabalho e Emprego.
Após
a deflagração da Operação Esopo, que apura o desvio cerca de R$ 400 milhões, o
secretário-executivo e ex-ministro interino do trabalho, Paulo Roberto Pinto,
além de servidores da pasta foram exonerados. Ao todo, mais de 20 pessoas foram
detidas na operação, sendo 15 delas em Minas Gerais.
Aos
31 anos, de acordo com a Polícia Federal, Vidal mostrou “liderança evidente”
neste esquema, participando de todas as decisões e ações supostamente
fraudulentas envolvendo o IMDC. Com a facilidade de comunicação, apontam as
investigações, o presidente do instituto, exerceu grande influência em todas as
etapas, apesar da “pouca idade”.
Segundo
as apurações, Deivson Vidal conseguiu mudar de vida rapidamente, tornando-se um
milionário, com mais de R$ 6 milhões aplicados em um único investimento em um
banco. De funcionário da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), que
ganhava R$ 800, rapidamente, ele passou a ser presidente de um instituto, que
movimentava altos valores. Esse rápido enriquecimento, segundo a polícia,
seria, justamente, proveniente de “negócios escusos” mantidos com o poder
público.
Nas
investigações, a PF destaca ainda a velocidade com a qual Vidal deixou o bairro
de classe média João Pinhheiro, na Região Noroeste de Belo Horizonte, para se
tornar proprietário de uma mansão no condomínio de luxo Alphaville, em Nova
Lima, na Região Metropolitana. Segundo a quadrilha, assim como o presidente do
IMDC, outros integrantes do suposto esquema compartilham o mesmo perfil de
jovens, geralmente de origem humilde.
Cada
vez ganhando mais dinheiro de forma ilícita, Deivson Vidal gostava de esbanjar
sua riqueza, conforme aponta a polícia. Apelidado pelos amigos de “prefeito”,
habitué de baladas em famosas casas noturnas, ele se gabava, de acordo com as
apurações, em dizer que gastou mais de R$ 3 mil em uma única noitada.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, Vidal era visto circulando em carros de luxo, inclusive em um modelo que não consta nas tabelas de cotação brasileiras. Além de presidir o Instituto Mineiro de Desenvolvimento e Cidadania, ele é proprietário de outras empresas, como a Conquistar Consultoria Empresarial, que também teria importante papel no esquema, lavando o dinheiro da Oscip.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, Vidal era visto circulando em carros de luxo, inclusive em um modelo que não consta nas tabelas de cotação brasileiras. Além de presidir o Instituto Mineiro de Desenvolvimento e Cidadania, ele é proprietário de outras empresas, como a Conquistar Consultoria Empresarial, que também teria importante papel no esquema, lavando o dinheiro da Oscip.
Deivson
Vidal foi preso nesta segunda-feira (9) e está detido na Penitenciária Nelson
Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana. Ele é suspeito de fraude a
licitação, peculato, corrupção ativa, falsidade ideológica, sonegação fiscal,
lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores e formação de quadrilha. As
penas máximas dos detidos na operação podem chegar a 30 anos.
Operação Esopo
Operação Esopo
A
operação Esopo, da Polícia Federal, visa a desarticular um esquema de desvio de
verbas públicas e lavagem de dinheiro em 11 estados brasileiros e no Distrito
Federal. A suspeita levantada por investigações nos últimos cinco anos é de que
o esquema organizado pela Oscip Instituto Mundial de Desenvolvimento e
Cidadania (IMDC), em parceria com diversos servidores públicos e pessoas
influentes no governo, além de empresários, teria custado mais de R$ 400
milhões aos cofres públicos, em serviços contratados, porém não prestados à
sociedade. 22 pessoas foram presas nesta segunda-feira (9), 15 delas em Minas
Gerais. Entre os presos, há ex-prefeitos, empresários, os diretores da oscip, e
pessoas que ocupavam cargos de alto escalão em entidades.
Com
G1
" O povo roubando seu próprio povo". Que país é esse? ... ...
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