Câmara de Salinas adia votação do 13º salário

Plenário da Câmara ficou lotado para acompanhar o polêmico projeto

Diante de plenário lotado, os vereadores de Salinas decidiram pelo adiamento da votação do Projeto de Lei nº 057, que visa pagamento de 13º salário para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.

A polêmica reunião começou com 01 hora de atraso e foi marcada pelo debate entre os vereadores Eilton Santiago, ferrenho crítico do projeto e o vereador João de Deus, o popular João Pela, que defendeu o pagamento de “13º salário para todo trabalhador brasileiro”.

Na Tribuna, João Pela “rasgou o verbo” e criticou Eilton Santiago por ter manifestado contra o projeto na Imprensa. “Não devemos detonar os colegas, temos que reunirmos aqui e conversar, porque a própria Bíblia Sagrada diz que quem não tem erro que atire a primeira pedra. Não queremos vereador que faça média com a população”, disse João Pela.  “Não adianta falar que vereador não trabalha, pois quem sabe da luta sou eu...” emendou o vereador, que foi interrompido pelos risos da platéia. Ao final de sua fala, ele citou alguns benefícios conquistados para o povo através de seu trabalho.

João Pela argumentou ainda que, o Projeto não poderia ser votado na reunião devido a ausência de quatro vereadores: Edna Sarmento, Thiago Durães, Tazinha, Vilmar e Fernando. Ele pediu sobrestamento ao projeto, sendo aprovado pelo plenário. Com isso, será marcada uma nova reunião extraordinária, sem data ainda definida, para apreciação do Projeto de Lei.

Instigado, o vereador Eilton Santiago também foi à Tribuna. “Eu provo tudo que falei na Imprensa, e reafirmo: sempre serei contra o projeto”, disse o vereador, apresentando um requerimento com a assinatura de João Pela favorável ao projeto. “Sou contra mesmo e não tem nada que me faça votar no projeto. Não preciso de me promover, pois isso é o povo que faz. O que eu faço é para defender o povo”, emendou.

Em alto e bom som, Eilton disse na Tribuna que o presidente da Câmara foi pressionado para apresentar o projeto. “Cada vereador tem o seu voto e faz o seu papel. Eu voto contra, pois o município está com muitas dificuldades, exemplo disso é a situação da saúde”, disse Eilton, sendo muito aplaudido. “Eu não sou vereador de prefeito, eu sou vereador do povo”, encerrou Eilton, novamente aplaudido.