Árvores estão sendo assassinadas em Taiobeiras

Para revolta dos moradores, árvores são cortadas no Centro da cidade

Moradores de Taiobeiras estão revoltados com os cortes de várias árvores na cidade. E o motivo é óbvio: a arborização é um dos símbolos de Taiobeiras. Mas, pelo visto, para a Administração Municipal o corte de árvores é coisa simples, banal. Muitos cortes são feitos sem critérios, muito menos fiscalização. A Câmara de Vereadores, como sempre, assiste passiva. Eles, sequer, fazem audiência pública para ouvir a opinião dos moradores.

No Centro, em frente ao Mercado Municipal, o pessoal da prefeitura cortou várias enormes árvores, que garantiam disputadas sombras no verão. Todas foram arrancadas pela raiz, revoltando muitas pessoas, especialmente os comerciantes da Avenida da Liberdade. Muitos dizem que a poda seria o ideal.

Exemplo de revolta é a empresária Luiza Helena Moreira, da Farmácia Antonino. “Está difícil trabalhar hoje. As árvores foram cortadas, a praça está horrível”, disse a empresária. “Isso é o fim! As árvores fazem parte da história da nossa cidade, meio ambiente se conserva, não se destrói”, completou Luzia.

A funcionária pública Gaby de Oliveira também reclamou. “Meu coração está destruído”, disse Gaby, lamentando o corte das árvores, que deixou a praça vazia.

Nas redes sociais, muitos moradores lembraram que as árvores fazem parte de Taiobeiras e ainda fazem com que o clima da cidade seja diferenciado. “Passei na Avenida e sentir que estavam derrubando um pouco da história de Taiobeiras. O local ficou horrível”, disse Jose Willians Moreira.

Enorme árvore é cortada na saída da cidade

Na saída da cidade, com destino à Salinas, também foi cortada uma árvore centenária, com cerca de 25 metros de altura, conforme o comerciante Roberto Dias da Rocha, que está revoltado. “É o maior crime ecológico de Taiobeiras. Fique indignado”, disse o comerciante.

A vendedora Simone Alves retratou perfeitamente o sentido da população taiobeirense. “São atitudes lamentáveis, que contribuem para a destruição da nossa querida terra. Essa seca que estamos enfrentando é consequência da falta de árvores”, disse.

A reportagem fez contato com a Polícia de Meio Ambiente e o Cabo Alves explicou que o corte de árvores em área urbana é deliberado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente – Codema, órgão responsável pela emissão da autorização de corte. “Se houver alguma denúncia, a Polícia de Meio Ambiente apura se houve o trâmite legal feito pelo Codema”, explicou.

O presidente do Codema, Kennedy Correia de Almeida, explicou para a reportagem que as árvores em frente ao mercado foram condenadas pelo Corpo de Bombeiros após o vendaval ocorrido no último dia 03 de junho. “Além disso, aquelas árvores (Fícus) não são apropriadas para áreas urbanas”, disse Kennedy.

A reportagem também tentou falar com o prefeito Danilo, mas sem êxito.