Coosarp diz que acusações do Ministério Público não correspondem com a verdade



Procurada pela nossa reportagem, a diretoria da Cooperativa de Silvicultura e Agropecuária do Alto Rio Pardo (COOSARP) rompeu o silêncio pela 1ª vez e afirmou que acusações não são verdadeiras e valores apontados pelo Ministério Público são ilusórios.

Diante da recente decisão liminar proferida pelo MM. Juiz Alexandre de Almeida Rocha, que determinou buscas e apreensões nas casas dos cooperados no último dia 11 de abril, a Diretoria da Cooperativa manifestou-se nos seguintes termos:

As acusações lançadas contra os cooperados no âmbito da ação civil pública desencadeada pela Operação Praga Verde tratam de fatos que já são apurados por meio da ação popular 0018929-79.2010.8.13.0556. Nessa ação, até agora nada se provou contra os cooperados e a COOSARP; ao contrário, até o momento as provas produzidas têm mostrado que as acusações não correspondem à verdade; o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por sua vez, já julgou e deu razão aos réus em dois recursos apresentados contra decisões na ação popular (Agravos de Instrumento 0272729-23.2011.8.13.0000 e 0993539-41.2012.8.13.0000).

Recentemente, realizou-se perícia contábil no âmbito da ação popular movida contra os réus; a conclusão do perito nomeado pelo juiz demonstra que o lucro de 22 milhões (valor do bloqueio de bens determinado e mantido até hoje) apontado pelos autores é absolutamente ilusório, o que é mais uma prova em favor dos réus e que certamente mudará ainda mais os rumos da ação.

Deve ser ressaltado, ainda, que a COOSARP possui um simples contrato de arrendamento por prazo determinado com o Estado, que, grosso modo, corresponde a um aluguel. Assim, a COOSARP jamais será dona das terras. Isso prova a honestidade e boa-fé de seus membros. Ora, se a COOSARP estivesse interessada em grilar terras, bastaria que buscasse conseguir títulos do ITER fraudulentos, como fizeram muitas pessoas da região, conforme apurado pelo Ministério Público no âmbito da Operação Grilo. Mas não. A COOSARP e seus membros jamais tentaram agir ilegalmente. Assim, preferiram o caminho mais difícil e tentaram agir corretamente; procuraram conseguir o contrato de aluguel com o Estado; após diversas tentativas, conseguiram; pagam por isso anualmente; se o contrato é ilícito ou se o valor do arrendamento é baixo, a culpa é exclusiva do Estado, pois foi ele o responsável por fixar o valor (que, aliás, é tabelado) e assinar o contrato.

Pode-se rever o valor do arrendamento; pode-se até anular o contrato se ele for mesmo ilícito; o que não se pode é tratar os membros da COOSARP como marginais. Não há nenhum sinal disso nas provas existentes. São pessoas trabalhadoras e dignas.

Diante desses fatos, que deixam clara a boa-fé dos membros da COOSARP, parece-nos, com todo o respeito devido ao Culto Magistrado e aos ilustres membros do Ministério Público, que o ato de vasculhar a residência dos réus em busca de provas que os incriminem revela-se desnecessário, humilhante e atentatório às garantias e direitos individuais previstos na Constituição Federal.

Embora a população, sem conhecer bem os fatos, costume aplaudir de pé tais episódios, é certo que eles só alimentam a insegurança da sociedade e a desconfiança entre os cidadãos, como se todos fossem bandidos, exceto os acusadores, o que obviamente não é verdade. Ademais, tais medidas extremas, como bloqueio de contas bancárias e paralisação de atividades determinada por decisões desse tipo, tem causado o agravamento da situação econômica da região, com desemprego crescente e fuga de investimentos.

Por essas razões, antes de realizar julgamentos morais sem direito de defesa, a população deve estar atenta para compreender realmente o que vem acontecendo na região, de modo que não se torne instrumento a serviço da própria miséria.

O advogado da COOSARP e de seus cooperados, Paulo Henrique Pinheiro Costa, afirmou que vai interpor recurso contra a decisão e lembrou que a liminar se deu sem direito de defesa e que, por isso, não serve para que se tenha qualquer certeza sobre a verdade dos fatos”.

Cooperativa de Silvicultura e Agropecuária do Alto Rio Pardo (Coosarp)

Comentários

  1. esses olhos grande fica ai dando uma de santinho quando estava muntado na grana nem os vidro dos carrãos nao baichava carros de luxo e praia 3 veses ao ano vai atras de paulo galego ele hoje mora em porteirinha não era ele e mais alguem que vendia as notas da coperativa ? corretando notas e enchendo voces de grana?agora pague pelos seus erros devolem as terras do estado que o estado quer passar para os produtores rural de verdade.

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