Aproveitamento de resíduos sólidos: óleos e gorduras na fabricação de sabão ecológico
Distribuição do sabão produzido no Campus do IFNMG em Salinas |
Ao longo dos anos, a humanidade tem
utilizado recursos ambientais para sobreviver e se desenvolver. Por isso,
reduzir o impacto no meio ambiente e, consequentemente, melhorar a qualidade de
vida, justifica a busca constante por alternativas tecnológicas utilizadas no
mercado de gestão e reciclagem de resíduos. Assim, no sentido de assegurar o gerenciamento
correto dos resíduos sólidos, foi instituída no Brasil a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) através da Lei nº 12.305 de 2010. No entanto, mesmo que
se destine corretamente a fração reciclável dos resíduos, a fração não
reciclável como, por exemplo, os óleos e gorduras provenientes de frituras,
costuma ser lançada incorretamente no meio ambiente.
O óleo de cozinha usado, comumente
encontrado nas residências, pode trazer sérios danos ao meio ambiente quando
descartado indevidamente. Por ser menos denso que água, ele tem a capacidade de
formar uma barreira superficial sobre a mesma, provocando retenção de resíduos,
entupimentos e problema de drenagem nas redes de esgoto. Nos rios, a barreira
formada pelo óleo dificulta a troca de gases na água, causando a morte de
peixes.
Uma das alternativas apontadas pelo
Instituo Federal do Norte de Minas Gerais - campus Salinas, através do projeto
“Sustentabilidade Ambiental”, coordenado pelos professores Jane Bruna de
Almeida e Alessandro de Paula Silva, foi a produção de sabão com óleo
descartado, proveniente de ambientes domésticos e comerciais.
Os sabões foram produzidos no campus de forma
totalmente artesanal, sendo composto por óleo, hidróxido de sódio (soda
caustica), água e essência de eucalipto. O processo de emulsificação dos
materiais utilizados na produção do sabão levou cerca de 20-30 min. Uma máquina
adaptada com materiais de baixo custo foi utilizada para obtenção do sabão.
Então, essa simples atitude de reutilizar óleo e transformar em sabão, pode salvar milhões de litros de água além de gerar um produto de alta qualidade.
Máquina adaptada para
produção do sabão |
*Gabriela e Milena são discentes do curso de Engenharia Florestal IFNMG - campus Salinas
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