Ministério Público quer intervenção no hospital de Pedra Azul
Provedor se afastou do cargo voluntariamente e nega qualquer irregularidade |
Após investigações, ainda não concluídas, o
promotor Bernardo Dumont Pires, da Comarca de Pedra Azul, enviou recomendação para
que a Prefeitura Municipal faça intervenção administrativa no Hospital Ester
Faria de Almeida (HEFA), e a prefeita Silvana Mendes tem prazo até o final
desta quarta (22) para tomar a decisão.
O motivo da intervenção seria as condutas do
provedor Warlley de Souza, que estaria escondendo as condições de precariedade
do hospital, especialmente no tratamento da Covid-19. As investigações fizeram
buscas no hospital e na residência do provedor (veja matéria aqui).
O imbróglio explodiu quando um motorista do
estado de São Paulo, infectado por coronavírus, precisou ser transferido para
UTI em Taiobeiras, pois o HEFA estava mantendo os dois respiradores doados pelo
município em embalagem.
O Ministério Público acusa ainda que o hospital
recebeu R$ 4 milhões para enfrentamento da pandemia, e mesmo assim permanecia
em situação de precariedade.
Por isso, o promotor recomenda a dissolução,
temporariamente, de todos os cargos de direção do hospital, por meio de intervenção
com prazo de seis meses, período em que o hospital ficaria sendo administrado
por um conselho.
O procurador do município, Dwylio Rocha,
informou que a administração irá se manifestar ainda nesta quarta.
O provedor Warlley de Souza se afastou do cargo voluntariamente para que as investigações sejam conduzidas livremente e se colocou à disposição para todos os esclarecimentos. Ele afirma que o hospital não recebeu os R$ 4 milhões informados pela prefeitura e que os recursos recebidos estão sendo investidos em criação de leitos UTI e de enfermaria exclusiva para Covid-19.
Assista vídeo do provedor detalhando todos os
recursos citados
pela Prefeitura de Pedra Azul:
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