Arborização urbana: dicas para melhoria da qualidade ambiental
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Arborização da Praça no IFNMG Campus Salinas |
*Por Vinícius Orlandi B. Lima
A arborização de áreas urbanas contribui para
o bem estar dos cidadãos, sendo essencial para elevar o conforto ambiental e
melhorar a qualidade de vida nos municípios. A arborização proporciona diversos
benefícios ao ambiente, como sombreamento, diminuição da radiação solar e da
temperatura, aumento da umidade, aumento da biodiversidade, melhoria na estética,
quebra vento, fixação do gás carbônico, produção de oxigênio, filtro da
poluição sonora e do ar, dentre outros.
As espécies arbóreas devem ser escolhidas em
função do local de plantio (margem do rio, ruas, praças, canteiros centrais,
etc) baseando-se em características técnicas, sendo que a composição deve ser
diversificada. As árvores que ocorrem naturalmente na região devem ser
priorizadas nos plantios, por estarem adaptadas às condições de clima e solo,
além de recompor a vegetação nativa pré-existente.
Os principais critérios observados ao
selecionar as espécies para arborização devem ser a altura da árvore, diâmetro
e forma da copa, sistema radicular, peso dos frutos, queda de folhas e
características ecológicas. Em calçadas sob fiação elétrica deverão ser
plantadas árvores de pequeno porte, com altura máxima de 5m e espaçamento de 6m
entre plantas, como exemplo a pata de vaca, resedá, quaresmeira, aroeira salsa,
murta, hibisco e jasmim manga. Nas calçadas opostas à fiação elétrica podem ser
plantadas espécies com altura até 10m e espaçamento de 8m entre plantas, como
sibipiruna, ipê cascudo, oiti, acácia imperial, escova de garrafa, magnólia e faveiro.
Já nas praças, parques e locais abertos podem ser plantadas espécies de grande
porte, com espaçamento de 10m entre plantas, como o jatobá, cedro, ficus,
jequitibá, peroba, braúna, canafístula e paineira.
Alguns cuidados devem ser tomados na
arborização de ambientes urbanos, como deixar uma área permeável em volta das
árvores para infiltração da água, escolher plantas adaptadas ao clima da
região, que tenham tamanho e forma adequados ao espaço disponível, ser resistentes
à pragas e doenças, que não necessitem de podas frequentes, evitar aquelas de
sistema radicular lateral que danificam as calçadas, não plantar árvores
grandes próximo de construções, não plantar palmeiras sob fiação (não toleram
poda), escolher árvores de folhagem perene para sombrear estacionamentos,
evitar em vias públicas plantas com frutos grandes, que tenham tronco com
espinhos ou com propriedades tóxicas.
Pena que as cidades da região não acompanham essas dicas quando vão plantar árvores nas ruas
ResponderExcluiré muito ruim plantar uma árvore na calçada e depois se arrepender
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