Novembro Azul: prevenção ainda é desafio entre homens
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| Saiba a importância do cuidado integral e da mudança de comportamento entre os homens em relação à própria saúde. |
Mais
do que um alerta sobre o câncer de próstata, a campanha “Novembro Azul” é um
convite para repensar o modo como os homens cuidam da própria saúde. Mesmo com
avanços na atenção primária e maior oferta de exames preventivos, eles ainda
são minoria nos serviços de saúde. Segundo dados do Ministério da Saúde,
até setembro de 2025, foram registrados 106 milhões de atendimentos a homens,
enquanto entre as mulheres o número chegou a 203 milhões.
Dados
do IBGE apontam que os homens vivem, em média, 6,6 anos a menos que as
mulheres. Parte dessa diferença na expectativa de vida pode ser explicada pela
cultura do descuido, pois muitos homens só procuram atendimento quando já
apresentam sintomas. A prevenção ainda é vista como algo secundário, quando na
verdade é o que mais contribui para uma vida longa e saudável.
O
cuidado com a saúde masculina precisa ser entendido de forma integral, para
além do exame de próstata. A avaliação deve ser personalizada, mas, de modo
geral, os exames que mais contribuem para a saúde dos homens incluem o
hemograma, glicemia de jejum, perfil lipídico, função renal e hepática, TSH e,
em casos selecionados, o PSA. Também são importantes o eletrocardiograma e, a
partir dos 40 ou 45 anos, a colonoscopia, dependendo do histórico familiar e
dos fatores de risco.
O
desafio não está apenas em realizar esses exames, mas em criar vínculos que
incentivem o acompanhamento contínuo. É importante que o homem tenha um
profissional de referência, médico ou enfermeiro, e perceba que o check-up não
é só para quem está doente. Homens assintomáticos também podem estar em risco.
O cuidado com a saúde é mais do que prevenir doenças, mas também um investimento em qualidade de vida. Quando o homem entende que ao cuidar agora ele ganha anos de saúde, evita internações e mantém o desempenho no trabalho e na família, a prevenção deixa de ser obrigação e passa a fazer sentido.
Com informações de Dr. Leonardo Demambre Abreu, da Amparo
Saúde, empresa que integra o ecossistema de saúde do Grupo Sabin.

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