Pais recusam vacinar bebê de 3 meses e são notificados pelo MP
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| Promotoria recomendou a imunização imediata da criança para não configurar negligência. |
O
Ministério Público de Pedra Azul notificou os pais de um bebê de três meses que
se recusaram a vacinar o filho. A Promotoria recomendou que a imunização seja
feita de acordo com o calendário nacional e alertou que a recusa injustificada
pode gerar responsabilização judicial.
De
acordo com o MP, os pais negacionistas apresentaram um atestado médico que não
indicava nenhuma condição clínica que justificasse a contraindicação da vacina.
O documento, segundo a Promotoria, também contrariava diretrizes técnicas do
Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade
Brasileira de Imunizações, além de não ter base científica adequada.
O
Ministério Público destacou que a recusa em vacinar sem motivo legítimo
coloca em risco a saúde da criança e de toda a comunidade, podendo ser
interpretada como negligência. O Conselho Tutelar de Pedra Azul já havia
tentado orientar os pais, aplicando inclusive uma medida de advertência, que
foi recusada.
Na
recomendação, foi determinado que os responsáveis apresentem à Promotoria o
cartão de vacinação atualizado e mantenham o acompanhamento vacinal durante
toda a infância. Também foram orientados a procurar esclarecimentos na rede
pública de saúde e, se houver contraindicação real, apresentar documentação
médica detalhada.
O
promotor de Justiça reforçou que o direito da criança à saúde deve prevalecer
sobre convicções pessoais dos pais. Ele também lembrou que a vacinação é uma
obrigação legal e que a recusa sem justificativa médica pode levar a medidas
cíveis, administrativas e criminais, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).

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