Polêmica reforma de Praça em Rio Pardo terá nova licitação

Mesmo com recursos na conta, obra foi paralisada para mudar o projeto, revoltando os moradores

Desde sempre as decisões da Administração Pública em Rio Pardo de Minas geram polêmicas intermináveis, principalmente agora com o advindo do uso das redes sociais...

Exemplo disso é a enorme discussão gerada com a demolição para reforma da principal Praça da cidade, chamada “Getúlio Vargas”, que rodeia a Igreja Matriz. O valor da obra: R$ 150 mil, oriundos do Governo de Minas, cujo convênio foi firmado em abril de 2017, por intermédio de Emenda Parlamentar.

No entanto, os recursos só foram liberados em junho de 2018 e as obras iniciadas. Entretanto, eis que surgem sugestões, não se sabe de onde, para modificar o projeto inicial, sob o pretexto de “colocar mais verde” na Praça, mesmo a cidade convivendo série crise hídrica recentemente. Para isso, foi preciso paralisar tudo para que o projeto fosse alterado junto à Secretaria de Governo de Estado – SEGOV, o que é muito burocrático, pois é preciso mudar o convênio e fazer um aditivo. E o pior: vai precisar licitar a obra novamente, ainda sem data prevista para publicação de edital.

A reportagem tentou contato com Deolino dos Santos, responsável pelas licitações na Prefeitura de Rio Pardo, mas ele não atendeu ao telefone.

As mudanças para “colocar mais verde no projeto” custaram a rescisão do contrato com a construtora S. Ribeiro Eirelli, vencedora da primeira licitação, que, conforme o prefeito Marcus Almeida, recebeu os recursos da 1ª etapa executada, que era de remoção. “Os recursos do convênio estão na conta da prefeitura e assim que as mudanças forem aprovadas, a obra será licitada novamente”, explicou o prefeito para o Jornal Folha Regional.

Questionado pela reportagem por que optou em mexer na Praça da Matriz ao invés de usar os recursos para fazer a Praça do Mercado, o prefeito explicou que o convênio não permite, pois é destinado exclusivamente para reformas de praças históricas. “Quando assinamos o convênio, em abril de 2017, a área em frente ao mercado ainda estava com as barracas provisórias e ainda não havia solução para a remoção. Além disso, os recursos do convênio não permitem construção de praça, só permite reforma”, explicou o prefeito.

Com as obras paradas e o lamaçal devido o período de chuvas, resta aos riopardenses reclamar e muito, transformando a obra e a falta de planejamento num banquete para a oposição.